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AkzoNobel conclui plano de reestruturação das operações em Portugal

A AkzoNobel, após adquirir o negócio das tintas decorativas da Titan, encerrou a fábrica na Maia e dispensou 130 funcionários. Com a conclusão da reestruturação, a empresa procura alcançar vendas de 2...

Akzo Nobel Compra Titan
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A AkzoNobel, multinacional holandesa líder na Europa e uma das maiores empresas do setor de tintas, finalizou recentemente o seu plano de reestruturação das operações em Portugal. Esse plano incluiu o encerramento de uma fábrica na Maia, o fechamento das suas lojas próprias e o desmantelamento dos armazéns logísticos em Alfena (Valongo) e na ilha da Madeira.

Esse programa de reestruturação resultou numa redução significativa no número de trabalhadores da empresa em Portugal, passando de 163 para os atuais 32 funcionários. Mais de 60% dos colaboradores afetados estavam ligados à unidade produtiva. O processo de reestruturação foi considerado agressivo e desafiador, gerando alguma insegurança e desconfiança na equipa. No entanto, a transparência da empresa ao longo do processo contribuiu para manter um clima satisfatório e uma paz social.

A iniciativa de reestruturação foi desencadeada pela aquisição do negócio de tintas decorativas da Industrias Titan, uma empresa catalã que possuía três fábricas em Portugal, incluindo a unidade na Maia. Como resultado dessa aquisição, a produção foi direcionada para Barcelona, onde a AkzoNobel possui duas fábricas. A equipe portuguesa agora concentra-se nas áreas comercial, de marketing e suporte técnico em um escritório localizado em Leça do Balio (Matosinhos).

Além disso, a AkzoNobel optou por terceirizar a distribuição e logística por meio de uma parceria com a DB Schenker, uma empresa alemã presente em Vila do Conde. Essa decisão foi tomada para garantir a entrega aos distribuidores nacionais num prazo de 24 a 48 horas.

No mercado português de tintas, altamente competitivo e com qualidade de pintura reconhecida, a AkzoNobel visa se aproximar dos dois principais operadores, CIN e Robbialac. Após um ano de transição em 2022, onde todas as decisões de reestruturação foram implementadas, a empresa projeta atingir uma faturação em torno de 25 milhões de euros até 2025.

Embora tenha vendido ou trespassado as suas lojas próprias (a Titan chegou a ter cerca de 18 lojas em todo o país), a AkzoNobel pretende reforçar a sua presença no canal moderno, que inclui grandes superfícies como Maxmat, Leroy Merlin e Bricomarché. Além disso, no canal de revenda, a empresa pretende aumentar o número de pontos de venda de 150 para 200 nos próximos três anos, com foco na gama de produtos voltada para profissionais da pintura.

A instalação de uma fábrica em Portugal não está nos planos atuais, mas o country manager da AkzoNobel em Portugal, Rui Campos, não descarta essa possibilidade no futuro, especialmente considerando o crescimento e o ambicioso projeto de expansão da empresa no mercado português.

Com todas estas mudanças, a AkzoNobel reafirma o seu compromisso em se adaptar ao mercado português, procurar uma posição de destaque e fornecer produtos de qualidade aos profissionais e consumidores do setor de tintas em Portugal.

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 2 Mensagens

  1. Luís Sampaio
    Luís Sampaio
    9 Julho, 2023 às 15:49

    Qualquer dia temos as empresas portuguesas todas nas mãos dos estrangeiros. Não sei será bom se será mau.

    Responder
    • Tintas e Pintura
      Tintas e Pintura • Autor •
      11 Julho, 2023 às 22:28

      Boa tarde Luís,

      Obrigado pelo seu ponto de vista.
      A globalização e o investimento estrangeiro são fenómenos que ocorrem em muitos países ao redor do mundo, incluindo Portugal. É verdade que várias empresas portuguesas foram adquiridas por investidores estrangeiros ao longo dos anos. Essas aquisições podem ter tanto aspectos positivos quanto negativos.
      Por um lado, o investimento estrangeiro pode trazer capital adicional e experiência de gestão para as empresas portuguesas, o que pode resultar em maior crescimento e expansão nos mercados internacionais. Isso pode levar a um aumento do emprego, transferência de tecnologia e desenvolvimento de competências.
      Por outro lado, a aquisição de empresas por estrangeiros pode levar à perda de controle local sobre importantes setores económicos. Isso pode resultar na transferência de lucros para outros países, diminuição do investimento em pesquisa e desenvolvimento local, e possível perda de empregos para os portugueses.
      No entanto, cada caso é único e deve ser analisado individualmente, considerando os benefícios e desafios específicos de cada situação. O importante é que haja um debate aberto e transparente sobre as implicações do investimento estrangeiro, visando sempre o interesse nacional a longo prazo.

      Sempre ao dispor,
      Tintas e Pintura

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