Tintas Dyrup Angola
As tintas DYRUP, através da sua subsidiária angolana Tintas Bondex Angola, atualmente já a operar no mercado nacional na comercialização de tintas e vernizes e...

As tintas DYRUP, através da sua subsidiária angolana Tintas Bondex Angola, atualmente já a operar no mercado nacional na comercialização de tintas e vernizes e mantendo um stock avaliado em cerca de USD 1,5 milhões de produto em armazém, vai arrancar de imediato com uma nova unidade fabril na zona industrial de Viana, perto de Luanda.
A nova fábrica deverá começar a laborar em pleno no final do primeiro trimestre de 2011, assegurando assim as necessidades do mercado em termos da grande diversidade de produtos DYRUP.
Nova Fábrica em 2011
Para sabermos mais sobre este projeto, colocámos algumas questões ao diretor comercial da DYRUP Ibéria, José Pedro Barbosa, que cumulativamente exerce funções na subsidiária angolana e é igualmente responsável pela área de Exportação para outros mercados dos Palop’s.
Porque é que a Dyrup decidiu construir uma fábrica em Angola?
As tintas da marca DYRUP têm estado presentes no mercado angolano desde há décadas consecutivas. Numa primeira fase, estivemos presentes com uma unidade fabril que funcionou até 1974 e, desde então, sabendo que os nossos produtos sempre foram muito apreciados em Angola, temos marcado presença através de agentes revendedores, distribuidores e construtoras locais que têm utilizado o canal de importação via Portugal.
A decisão quanto ao investimento em Angola, que será superior a USD 5 milhões para os próximos 3 anos, surge no seguimento de um ambicioso plano de expansão do Grupo DYRUP, que levou já à aquisição, no ano passado, da fábrica de tinta Malfarb na Polónia, e prevê novas aquisições de empresas do sector das tintas até 2011.
Neste momento, terminámos o processo de constituição da Tintas Bondex Angola (TBA), Lda., que representa a primeira subsidiária da DYRUP Ibéria e, simultaneamente, a primeira do Grupo DYRUP AS fora da Europa. Presentemente, a TBA encontra-se já no mercado angolano exercendo a sua atividade comercial, onde já temos um processo de logística integrada a funcionar com um parceiro local, que presta todo o suporte na saída do produto que temos no armazém local. Paralelamente, temos em curso o processo de investimento para a nossa nova unidade fabril, em conjunto com um forte parceiro angolano.
Em que mercados está presente a multinacional DYRUP AS?
As atividades do Grupo DYRUP AS, que por sua vez faz parte de um outro forte grupo onde a construção, a fabricação de tintas e vernizes bem como em outras áreas de negócio, designadamente nas energias renováveis, são uma realidade, estão concentradas essencialmente na Europa, onde esta tem uma forte presença na maioria dos mercados.
O Grupo DYRUP, fundado em 1928, tem a sua origem na Dinamarca e, através das suas subsidiárias, incluindo a casa mãe, desenvolve a atividade de fabricação e comercialização de tintas, vernizes e produtos similares em mais de 25 países. Possui atualmente seis unidades de produção: duas na Dinamarca, Polónia, França, Espanha e Portugal.
Em termos comerciais, a Dyrup está diretamente presente na Dinamarca, Noruega, Suécia, Alemanha, Portugal, Espanha, França, Polónia, Áustria, Bélgica e em Angola. Os seus produtos são distribuídos na Irlanda, Reino Unido, Itália, Suíça, Grécia, Hungria, República Checa, Estónia, Letónia, Lituânia, Moçambique, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Cabo Verde e Líbia.
A DYRUP vai iniciar a sua etapa fabril angolana com know-how português. Como é a experiência desta empresa em Portugal? A que mercados dirige a sua produção?
A Tintas DYRUP está presente em Portugal há mais de 60 anos, encontrando-se a sede e fábrica localizadas em Sacavém, nos arredores de Lisboa. Emprega cerca de 200 trabalhadores e é uma das três maiores empresas do ramo em Portugal. Tem lojas próprias em diversas cidades de Norte a Sul do país, incluindo Ilhas, dois centros de distribuição, um no Norte do país e outro no Funchal, e uma ampla rede de agentes revendedores. Tem uma forte componente de investigação e desenvolvimento, tendo já no seu “portfolio” tintas e vernizes com componentes de nanotecnologia altamente vanguardistas.
Além de produzir para o mercado interno, a DYRUP Portugal exporta também para algumas subsidiárias em França, Dinamarca e Espanha, bem como para a sua própria subsidiária em Angola. Também exporta para Moçambique, Cabo Verde, Guiné, Timor e Líbia. De entre os produtos que comercializa em Portugal destacam-se as tintas de marca DYRUP para o segmento profissional, e By Bondex no segmento DIY (Do It Yourself), assim como os produtos para tratamento e acabamento de superfícies de madeira e metal da marca Bondex.
Mundialmente, a DYRUP é também reconhecida pelas marcas Xylophene e Gori (ambas utilizadas em produtos para tratamento e acabamento de superfícies de madeira para a indústria) e a gama Dip (anti-humidade).
A empresa actua preferencialmente no segmento de produtos decorativos e de construção civil, sendo este último, o segmento responsável pela maior parte das vendas da empresa na Península Ibérica. O mercado pode ainda ser segmentado consoante o tipo de clientes, de acordo com as suas necessidades: clientes profissionais (retalhistas, construtoras e pintores), grandes superfícies e consumidores finais.
Como tem atuado a DYRUP Ibéria em termos de exportação?
A sua ação estende-se por países e áreas geográficas tão diferentes como Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, atuando com soluções e produtos (tintas, vernizes, esmaltes e outros) para as áreas da construção e reconstrução, através de redes de agentes/distribuidores, aplicadores e construtoras.
Os maiores trunfos dos produtos DYRUP na área de Exportação são a Marca, a Qualidade, o Serviço e o conceito Shop & Shop/Sistema Tintométrico, ou seja, um pack que, mais do que produto, representa um projeto de negócio para os nossos atuais e futuros parceiros.
Como encara a DYRUP o mercado Angolano?
Angola é hoje um país cheio de dinamismo e que atravessa um dos momentos mais prósperos da sua história. O país reorganizou-se para dar início à reconstrução num processo que está a abrir a porta a potenciais investidores, nomeadamente, da área da construção civil.
Angola tem atualmente obras públicas e privadas a crescer um pouco por todo o lado, não só em Luanda, como também em todas as grandes cidades do seu vasto território. A DYRUP não podia ficar indiferente a este fenómeno e decidiu apostar fortemente neste mercado, colocando-se como parceira deste projeto.
A nossa vertente de marketing ambiental e social irá segura e paralelamente funcionar como alavanca estratégica para a política de recuperação nacional. Em consequência, e como já foi referido, foi iniciada a construção de raiz de uma nova fábrica em terras angolanas, de forma a estarmos presentes com toda a força neste mercado tão promissor. A nossa perspetiva é que, dentro de 3 ou 4 anos, quando a fábrica estiver a trabalhar em plena capacidade, sejam produzidos anualmente entre 10 a 15 milhões de litros de tinta.
Como vai ser desenvolvida a vossa atividade em Angola até ao arranque da fábrica?
Enquanto a fábrica não estiver a laborar, todas as operações estarão concentradas no atual armazém, com capacidade para dois milhões de litros de tinta. Entretanto, prevê-se que a fábrica esteja concluída até ao fim do primeiro trimestre do ano que vem, e se possa começar a fabricar em pleno após os necessários testes e ajustamentos produtivos.
Temos também em projeto a abertura de uma loja DYRUP em Luanda. Ainda que no futuro possamos ter mais lojas próprias, a nossa estratégia passa, essencialmente, pela abertura de novos agentes revendedores locais. O canal das grandes construtoras e de empresas de aplicação de dimensão considerável, serão trabalhadas directamente sempre que se siga o modelo definido pela DYRUP.
Que produtos vão ser produzidos pela DYRUP Angola?
Vamos ter uma das melhores, se não a melhor fábrica de tintas de Angola, inicialmente a trabalhar com três linhas de produção para fabrico de tintas de base aquosa.
Não iremos produzir produtos sintéticos e celulósicos, pois esses serão importados diretamente de Portugal.
O local de instalação tem já subjacente a estratégia de exportação que queremos dinamizar a partir de Angola para os mercados vizinhos, onde já temos alguns contactos.
Quantas pessoas vão trabalhar nesta nova unidade fabril?
Neste momento, está já constituída uma equipa de três pessoas para trabalhar no projeto de desenvolvimento e implementação, ao qual se juntará mais um elemento até ao final do ano. Haverá um responsável pelas operações, pelas vendas, um técnico de produção e um responsável pela logística.
O responsável pelas vendas já se encontra a fazer prospeção de mercado para assinar contratos com atuais e potenciais clientes, assim como a analisar potenciais futuros negócios.
Para as áreas de suporte técnico e desenvolvimento, iremos integrar novos colaboradores para o final de 2011, estando estas áreas asseguradas, numa fase inicial, por elementos da DYRUP Ibéria, e terão a formação necessária para dotar os colaboradores de know-how específico. Prevemos que nos próximos 3 anos se assegurem cerca de duas dezenas de empregos diretos além de outros de forma indireta.
Como será feito o controlo de qualidade dos produtos?
O controlo de qualidade será feito localmente e também a partir de Lisboa, com envio regular de amostras. Sempre que houver questões urgentes para resolver, será utilizado o sistema de videoconferência. Teremos monitorização contínua na área de produção que assegurará o bom andamento da fabricação e funcionamento dos equipamentos.
Esta unidade vai permitir reforçar a produção de produtos tradicionais para o mercado africano, pelo que de momento não vamos desenvolver nada de novo. Também não vamos ter uma área de compras uma vez que essas questões serão tratadas diretamente a partir de Portugal, em conjunto com a área de compras do Grupo, e localmente será liderado pelo nosso parceiro angolano. Iremos, sempre que possível, adquirir matérias primas locais, onde o controlo de qualidade terá um forte impacto, uma vez que delas irão depender, em grande medida, os standards de qualidade monitorizados pela DYRUP.
Que capacidade de produção vai ter a nova unidade fabril?
Na nova fábrica, tencionamos atingir 1.000.000 de litros de tinta no primeiro ano. A implementação irá fazer-se progressivamente. Vamos iniciar com 800 m2, aumentando o espaço na segunda fase e, na terceira e última fase, está previsto que se atinjam os 2.400 m2 de área para uma produção anual de 10 a 15 milhões de litros de tinta. Trata-se de um investimento global que nos próximos três ou quatro anos representará um total de mais de USD 5.000.000.
Que dificuldades têm encontrado nesta fase de implementação da fábrica?
Um dos maiores problemas é o abastecimento e a qualidade da água, estando já previsto a construção de uma ETRE Estação de Tratamento e Recuperação de Efluentes interna, e uma ETARI à saída.
O fornecimento de energia não será problemático porque o local onde vamos estar instalados é na zona de Viana, muito perto de Luanda, precisamente ao km 36 da estrada que liga Viana a Catete.
É uma área industrial por excelência, que ainda este ano vai ter mais três subestações elétricas. Junto à nova fábrica da DYRUP está a ser criada a zona económica especial, onde vai nascer um grande parque industrial, e a cerca de 5 km irá ficar o novo aeroporto internacional.
Contactos da Dyrup em Angola
Escritórios
Calçada do Pelourinho 7
Município da Ingombota
Luanda – Angola
Tel. +244 222 335 918
Fax +244 222 333 664
mail. info@dyrup.pt
Fábrica
Estrada de Catete Km 36
Loja
Avenida Comandante Valodia Nº 267
Luanda – Angola
Osvaldo Oscar Da Silva
27 Abril, 2023 às 07:51Olá bom dia onde posso encontrar uma loja mais próxima aqui nu Benfica/ Luanda
Benvinda Severino
17 Outubro, 2018 às 12:23Boa tarde prezados sr, foi muito bom buscar alguns esclarecimentos sobre a fabrica Dyrup angola, quanto a sua produção , distribuição, aberturas de novas afilhares etc…..
As informações estão bem claras e explicitas